segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Post antigo: Colecionando arranhões



Eu guardo embalagem fofinha de produto.
Guardo cartas, bilhetes, cartões, papeis de bala, postais.
Guardo mapas, bilhetes de passagem, tickets de museus, ingressos de shows, folders de espetáculos.
Eu guardo caixas vazias de presentes, papeis de seda amassados, sacolas de lojas phynas, fitas de embalagens.
E eu também guardo algumas mágoas, alguns arranhões, algumas palavras rudes que me feriram os ouvidos e o coração.
Sim, eu já tentei ser perfeitinha e não ter rancor no coração, mas não deu certo. Embora isso não influencie meu humor, muitas vezes me faz sentir dor.
Minha mãe sempre disse que ingratidão tira afeição.
Ultimamente tenho vivido isso na prática.
De tanto ouvir palavras que me ferem, ando perdendo o afeto por alguem que já foi mais especial do que é hoje. E se fossem só palavras...tem atitudes também.
Sanit Exupery falou em cativar..E acho que cativar é exercicio diário, mas não anda rolando..não por aqui, não em relação a esse alguém que cativa na quinta, e no domingo joga uma pá de cal. Não anda rolando da minha parte também que tenho falado mais nãos sinceros do que sims, que tenho ficado mais sozinha por opção do que acompanhada. A companhia já não me é tão prazerosa e feliz, talvez porque eu não confie mais na sinceridade do prazer dele. Tenho, ainda que involuntariamente, me lembrado de datas infelizes do passado...e ando vivendo o inferno astral, porque faz 1 ano e qualquer deslize agora ganha um contorno maior..me cansa, me doi.
Eu sei que tenho muito a crescer, a aprender, a amadurecer. Tenho que parar de ficar lembrando de coisas que me magoaram. Eu sei que ainda me magoa porque eu gostaria que fosse diferente...que ao menos a pessoa se enxergasse, que se olhasse por fora e se desculpasse ao invés de eu ter que ser sempre compreenssiva.
Mas eu ando cansada. Cansada até para crescer, me mostrar superior, e contar até dez.
Um pouco de empatia do outro lado, não faria mal. Explicar o óbvio me entedia.

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NOTA: Escrevi esse desabafo em 28 de setembro de 2010, escrevi e arquivei. Exatamente 1 mês depois o cansaço chegou ao ápice e eu me livrei do fardo com alegria. Tenho sim que aprender, não a ser mais tolerante, isso eu já fui demais. Tenho que aprender (e já aprendi) que a prioridade nessa vida sou eu. Ah e eu cresci e minha felicidade que andava sufocada agora voa livre como passarinho. Explicar o óbvio me entedia. ;-)

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Andei Assistindo #3: A Duquesa / O Turista


 A Duquesa
Sinopse: Georgiana Spencer (Keira Knightley) casou-se aos 18 anos com o Duque de Devonshire (Ralph Fiennes), que queria a todo custo ter um filho. Possuindo o título de Duquesa de Devonshire, logo Georgiana demonstrou sua inteligência e perspicácia perante a corte inglesa. Entretanto ela não conseguia dar ao duque um filho, com todas as suas tentativas de ficar grávida resultando em abortos ou em filhas. Isto faz com que o relacionamento entre eles se deteriore, pouco a pouco. (Fonte: Adoro Cinema)
O que eu achei: Há muito tempo queria conferir esse filme, adoro filmes que envolvem a monarquia, adoro os figurinos, a fotografia e a trama, sempre muito envolvente. Então essa semana aproveitei que o Telecine incluiu A Duquesa na programação e me joguei no sofá.
O filme é ótimo.  Keira Knightley está perfeita no papel de duquesa de Devonshire e olha que acho as expressões faciais dela tão antipáticas...Sofri junto com a duquesa, senti raiva (e pena) do duque, torci pelo amor com o
É incrível a semelhança da trajetória da duquesa (o filme é baseado em fatos reais) com a da Lady Di (que pertenceu a mesma familia): a solidão no castelo, o servilismo a que estavam sujeitas as mulheres, o machismo, enfim...ambas viveram dissabores muito semelhantes. O conto de fadas que vira pesadelo. Um casal unido por convenções sociais e interesses enconomicos e políticos, resultado: duas infelicidades residindo na mesma casa, digo, castelo.
É bom ver também que a duquesa de Devonshire, tentava superar a infelicidade no casamento sendo o icone fashion do seu tempo, e ainda, tentando tirar o foco de sua vida infeliz, se envolveu na política e também adorava passar o tempo apostando (sorte no jogo, azar no amor). Era amada por todos, menos pelo marido, o Duque William Cavendish, um dos homens mais ricos da Inglaterra, brilhantemente interpretado por Ralph Fiennes.
É um filme bem gostoso de se ver, um drama que enche os olhos.


O Turista
Sinopse: Os passos de Elise Clifton-Ward (Angelina Jolie) são acompanhados de perto pela equipe chefiada pelo inspetor John Acheson (Paul Bettany). O motivo é que ela viveu por um ano com Alexander Pearce, procurado pela polícia devido a sonegação de impostos em torno de 700 milhões de libras. Ninguém sabe como é o rosto de Pearce, nem mesmo Elise, já que ele passou por várias operações plásticas para escapar de seus perseguidores. Ele enfim entra em contato com Elise ao lhe enviar um bilhete, onde pede que vá encontrá-lo em Veneza e, no caminho, procure alguém com tipo físico parecido com o seu, para enganar a polícia. Elise segue as ordens à risca e, no trem a caminho da cidade italiana, se aproxima do professor de matemática Frank Tupelo (Johnny Depp), que viaja sozinho. Ele fica atraído por sua beleza e aceita a oferta de ir até o hotel dela, assim que chegam a Veneza. Só que logo Frank se torna alvo de Reginald Shaw (Steven Berkoff), um poderoso gângster que teve mais de US$ 2,5 bilhões roubados por Pearce. (Fonte: Adoro Cinema)
O que eu achei: Não costumo gostar muito dos filmes com Angelina Jolie, ela parece transbordar o personagem e sempre interpretar ela mesma, tanto é que, pra mim, em todo filme quem aparece é a mesma pessoa e não personagens diferentes, com personalidade distinta. Em O Turista não é diferente, apesar disso o filme vale a ida no cinema.
Classificaria esse filme como uma comédia-aventura. Apesar de ter cenas de pseudo-violencia, consegui rir em quase todas elas, seja por seus exageros seja pelas caras de bobo de Johnny Depp (no melhor estilo Jack Sparrow).
O desfecho (que alguns acharam surpreendente) dá pra ser deduzido em 40 minutos de filme...Ainda assim não é um filme ruim, e se você não estiver cansado das caras e bocas de Angelina Jolie sempre no papel de mulher fatal que bate, atira, corre de salto, assista...é legalzinho.
Ah, destaque para maquiagem lindaaaa e perfeita de Angelina. Que smokey eyes era aquele, meu deus!
Outro ponto forte é o cenário, o filme se passa ora em Paris, ora Veneza.
É um filme para se ver em DVD, num domingo a tarde.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Pelo direito de ser jovem!


Sábado encontrei uma amiga querida.
Já fazia uns 3 meses que não nos viamos e ai marcamos de ir tomar algo gelado no inicio da noite quente lá no Pinguim (meu boteco belorizontinho favorito).
Logo que a vi percebi a mudança no visual.
Ela adotou um corte de cabelo bem mais curto do que costumava usar, um chanel repaginado com a nuca batida e a parte da frente bem mais comprida e desfiada o que lhe deu, sem duvidas, um ar mais moderno e arrumado. Diria até, ficou mais exuberante.
Elogiei sinceramente, de cara, junto com o abraço o beijinho e o "oooiii, saudadeeee!!"
Ai que ela foi logo contando da repercussão do novo look, recem adquirido, que todo mundo gostou, que acharam que ficou muito bem e tals, mas o comentário que mais me chamou a atenção foi: dizem que me deu um ar mais maduro, pareço mais velha. E falou isso com um brilhinho no olhar.

Hã?! Isso lhe pareceu um elogio?? Pois é...a mim não.

Mas o fato é que com o corte de cabelo novo e o estilo mais arrumado, ela parece mesmo ter um pouco mais de idade do que de fato tem. E, pra minha surpresa, era isso mesmo que ela objetivava.
Ela é uns 5 anos mais nova que eu e como pareço ter uns 7 a menos, temos o mesmo "problema": a necessidade de demonstrar que nossa competencia e experiencia profissional vai além da frescura de nossa juventude bem estampada no rosto.
Como já me despedi da casa dos vinte, longe de mim querer parecer ser mais velha, mas noto que esta é uma preocupação recorrente.
Tenho um amigo, também profissional liberal, que sempre se queixa desse mal e afirma categoricamente: os anos agregam valor ao nosso trabalho, não se referindo ao acumulo de experiencia mas sim afirmando que quando abre a porta do consultorio e o cliente o vê se notar alguma ruguinha ou uma "cara de maduro" acredita ser ele (meu amigo) um profissional mais confiável do que um "recém-formado".
Esse é um problema que atinge principalmente os profissionais liberais que atuam "por conta própria" pois se formos ver o outro lado da moeda, as empresas preferem contratar os mais jovens sim.
Absurdo dos absurdos!
Eu prefiro os jovens sim! Prefiro os que tem cara que sairam da faculdade há pouco mais de 5 anos, prefiro aqueles que nas horas de folga vão a praia, curte uma baladinha no sábado, sentam na mesa do bar pra paquerar, tem facebook, conhecem Ne-Yo, Katy Perry, acompanham seriados, trabalham de adidas nos pés ou, quando o trabalho é mais formal, dá pra se notar um certo ar mais arrojado e despojado na cor das gravatas, no relógio, no perfume...
Eu gosto dos jovens...mas ao contrário das empresas que os contratam e que preferem esses profissionais, eu gosto dos jovens porque acredito que a vontade de se estabilizar no mercado é tão grande que se empenham, estudam, se atualizam constantemente...já as empresas os preferem porque os veem como mão de obra barata já que o salário será fixado proporcionalmente à experiencia acumulada. Triste realidade.
Que os mais velhos tem mais experiencia, isso não se pode contestar, mas os mais jovens são também muito (ou arrisco dizer: mais) atualizados. Nesse mundo de guerra calada, quem não estuda e não se aperfeiçoa não tem espaço no mercado e isso independe da idade que se tem.
Que a escolha por um profissional seja por seu potencial, sua competencia, seu comprometimento com o trabalho e que nunca mais se use o criterio da idade...
É triste, no momento em que seu cultua a beleza, a qualidade de vida, a juventude, ter que negar a idade, majora-la, esconde-la, a fim de se ter um pingo de credibilidade no mercado de trabalho.
Que ninguem va trabalhar de bermuda de nylon mascando chiclete, mas que possamos sustentar no rosto a frescura e a alegria de sermos jovens sem termos que ouvir com um sorriso amarelo: "mas você é uma meninaaaaa".
Quanto aos mais maduros meu mais profundo respeito e admiração pela experiencia acumulada, um dia chegaremos lá, mas não seremos melhores que ninguem só por computar décadas de formado.
Que o criterio seja a competencia e não a idade.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Desejo do Dia: Cris (BBB11)



Que sapato Louboutin, o que?!

Nada de cupcake de chocolate..
Nem cappuccino do Starbucks, coca-cola gelada, viagem pra praia, 1 ano de supermercado gratis, vale brinde da MAC, 5 kilos a menos...Não não...
Meu desejo do dia hoje é o Cris do BBB, com essa carinha fatal e esse abdomen enxuto. Juro que iria conferir detalhe por detalhe da tatoo...Aliás, que inveja dessa tatoo.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Andei Assistindo #2: Amor e Outras Drogas

Amor e Outras Drogas
Sinopse:Jamie Randall (Jake Gyllenhaal) é um sedutor incorrigível do tipo que perde a conta do número de mulheres com quem já transou. Após ser demitido do cargo de vendedor em uma loja de eletrodomésticos, por ter seduzido uma das funcionárias, ele passa a trabalhar num grande laboratório da indústria farmacêutica. Como representante comercial, sua função é abordar médicos e convencê-los a prescrever os produtos da empresa para os pacientes. Em uma dessas visitas, ele conhece Maggie Murdock (Anne Hathaway), uma jovem de 26 anos que sofre de mal de Parkinson. Inicialmente, Jamie fica atraído pela beleza física e por ter sido dispensado por ela, mas aos poucos descobre que existe algo mais forte. Maggie, por sua vez, também sente o mesmo, mas não quer levar adiante por causa de sua doença.
O que eu achei: Na sinopse que li o filme parecia tratar de um casal desacreditado do amor, e que, consequentemente, evitava relacionamentos. Com Jake Gyllenhaal (o lindo Principe da Pérsia) e a sempre adorável Anne Hathaway, esperava encontrar no cinema uma comédia romantica daquela para assistir acompanhada de um pote de sorvete. Aproveitei meu horário de almoço na quarta-feira e fui ao shopping pertinho do escritório. O que vi?? Qualquer coisa, menos uma comédia romantica, aliás, não sei se existe este genero mas eu classificaria Amor e Outras Drogas como sendo um "drama romantico". Eu não ando muito de chorar não, a insensibilidade anda me perseguindo massss ouvi os sniffffssss no cinema.
O filme traz um romance (complicado) que tem por fundo a industria farmaceutica, a disputa ferrenha que existe entre os grandes laboratórios, as redes de relações médicas, a ética, influencias e problemas que existem no meio, onde muitas vezes o capital e os interesses particulares são (como sempre) colocados como prioridade.
O romance é bem clichê, não acredito que seja sustentável (mas a minha opinião nessa fase da vida é um pouco comprometida) mas fica claro a questão das escolhas que se faz e das consequencias que cada escolha produz na sua vida.
Em resumo, achei um pouco forçado demais: uma garota doente que faz boas ações levando velhinhos para consultas em outras cidades, um cara que até então era um fracasso lutando para crescer na empresa, um outro fodão que será derrotada pelo mocinho do filme, um casal que não acreditava no amor fazendo muito sexo e logo depois se descobrindo apaixonado...enfim, clichê.
Agora, a trilha sonora do filme é bem legal!!

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Uma eu, mil estilos

O SPFW já acabou, o verão tá se depedindo, as tendencias outono/inverno já começam a surgir e com isso os shoppings fervem em suas liquidações para limpar o estoque de final de ano e colocar nas vitrines o que se usará nas estações mais frias (e elegantes) que existem.
Eu, que não sou boba nem nada, nesse final de semana sai garimpando os shoppings da cidade atrás de roupa de ginástica...sim! Nada de roupa para trabalhar, badalar, ou ir ao cinema...mas sim roupa de malhar, suar e ficar esbaforida.
Fico muitro surpresa como é que a moda ginástica é cara, são roupas que, devido ao uso, não tem uma durabilidade muito longa, mas puts! Agridem meu bolso. E cá pra nós, não há lugar que transpire mais sensualidade que a academia, então, nada de ir malhar com bermuda velha e camiseta de propaganda, um pouco de charme, ainda que suada e descabelada, não fazem mal a ninguem.
Bem, daí que acabei renovando legal meu armário fitness, consegui leggins de suplex por um precinho camarada e, como a gente sempre volta pra casa com algo a mais do que de fato saiu pra comprar, achei essa saia da Maria Bonita Extra para C&A por R$9,90 (Sim, sim, nove e noventa , custava R$ 79,90), e ela já está residindo, feliz, no meu armário.
Ai, que entre sacolas e sacolas, com direito a pausa para o cafezinho expresso (de sempre) lembrei de uma coluna da Danuza Leão que li recentemente onde ela se questionava sobre qual seria o seu estilo em uma época em que o mandamento é que cada qual defina o seu.
Depois que eu li tudo o que ela escreveu (e muito me identifiquei com suas palavras), fiquei também me questionando. Qual o meu estilo??
E sabem a que conclusão cheguei: Não tenho.
Claro que não vou usar coisas que - particularmente e me perdoem as adeptas - considero bizarro como calças saruel, uns tamancos que batizaram de clogs, roupas fluor e meia arrastão, mas daí a me carimbar com um estilo só acho dificil.
Às 6h visto o estilo maratonista, às 9 o estilo executiva, às 19h o estilo malhadora gostosona, sem falar nos dias de barzinho, nos dias de calor, nas tardes de compras, na visita a casa da tia mais velha, no passeio com os sobrinhos pequexitos, nas idas ao psicologo (que, sei lá porque, preciso vestir o que for mais confortável porque se a roupa estiver muito apertada, curta, quente ou coisa parecida, a terapia não desenvolve), enfim...
Se abrir meu armário pode-se montar vários estilos, do roqueiro teen à mulher elegante, da garota de praia à garota fashion, do casual ao chique.
Nisso tudo fico pensando que a moda só faz sentido se ela conseguir traduzir quem você é naquele instante em que veste a roupa, porque, se for o contrário, se você esperar que a roupa faça de você alguem que você não é, a elegancia sucumbe.
Eu não entendo muito de moda, aliás nem perco meu tempo olhando nada sobre SPFW mas considero que me visto muito bem, acompanho as tendencias mas não aguento seguir as receitas preditadas. De todo jeito penso que o que não pode acontecer é a moda virar camisa de força, onde você seja obrigada a ter um estilo e esse tal de estilo estar ligado à roupa que você veste.
Estilo é mais que usar saia comprida ou saia curta, estilo é ter personalidade em segurar aquela produção sendo quem você realmente é. E, cá pra nós, quando se trata em vestir o figurino, nunca somos  uma só...ainda bem, porque eu não ia conseguir levar para a academia a mesma pessoa que levo para as audiencias, nem tampouco levaria para a praia o lado Carol que vai às aulas de Pós.
Mas se é pra ter um estilo, afirmo que meu estilo é ser feliz e se a felicidade passa perto de estar me sentindo bem com a roupa que estou me vestindo então entre tantos estilos, cada um tem os seus milhares.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Andei Assistindo #1

Andei Assistindo já foi título de muitos outros posts pra trás, não podia ser diferente, amo filmes e sempre arranjo um tempinho de assistir. Hoje, oficialmente, o Andei Assistindo vira uma tag fixa e estará no marcador filmes, será publicado às sextas já que o intuito é deixar dicas de filmes para o fim de semana dos queridos leitores do Rabiscos.
Ah, e quem quiser, me adiciona no Filmow!

Vamos à listinha.
O Segredo Dos Seus Olhos
Sinopse: Benjamin Esposito (Ricardo Darín) se aposentou recentemente do cargo de oficial de justiça de um tribunal penal. Com bastante tempo livre, ele agora se dedica a escrever um livro. Benjamin usa sua experiência para contar uma história trágica, a qual foi testemunha em 1974. Na época o Departamento de Justiça onde trabalhava foi designado para investigar o estupro e consequente assassinato de uma bela jovem. É desta forma que Benjamin conhece Ricardo Morales (Pablo Rago), marido da falecida, a quem promete ajudar a encontrar o culpado. Para tanto ele conta com a ajuda de Pablo Sandoval (Guillermo Francella), seu grande amigo, e com Irene Menéndez Hastings (Soledad Villamil), sua chefe imediata, por quem nutre uma paixão secreta.
O que eu achei: Esse filme entrou no circuito de BH sendo exibido somente nos cinemas lado B (leia-se: os que exibem filmes estrangeiros - europeus, etc...fora do circuito comercial) e, apesar de ter chamado minha atenção e aguçado minha curiosidade, acabei não indo ver. Ainda bem que existe DVD. :-) Loquei por pura influencia do dono da locadora que, com aquele charme que me convence de assistir até filme russo-em preto-e-branco-sem legenda, separou pra mim e ainda me ligou aqui em casa para eu ir ver (e lógico que fui, mas pra vê-lo do que pra locar o filme)
Fiquei maravilhada. O film e prende, intriga, emociona. É belo e faz pensar. Embora tenha como tema central um crime fica bem distante do estilo policial a que estamos acostumados a assistir. Esse filme me marcou principalmente porque no meu dia-a-dia observo de perto a fragilidade da Justiça, a forma como ela está impregnada pela corrupção, pelos interesses escusos de funcionários dos altos escalões que corrompem o justo e o moral deixando o jurisdicionado a mercê dos abusos que agridem seus direitos. É triste perceber que o cidadão muitas vezes tem que, por conta própria, fazer a Justiça que imaginava que o Estado iria fazer. O filme retrata bem essa situação: o fato de o cidadão fazer por conta (e até contra o Estado) a Justiça pelo qual ele tanto esperou.
Há um romance, velado, sutil, bonito no meio da história toda.
São 124 minutos de uma boa história, daquelas que a gente senta no sofá, fica atento a todos os diálogos e quando as letrinhas com os créditos finais começam a subir, um suspiro consternado escapa. Excelente filme.

Jogando Com Prazer
Sinopse: Nikki (Ashton Kutcher) leva uma vida confortável, apenas seduzindo mulheres, e vive na casa da advogada de meia idade Samantha (Anne Heche). Um dia ele conhece Heather (Margarita Levieva), uma bela garçonete que também gosta de seduzir. Os dois passam a realizar um jogo de disputas, que os obriga a jantar em restaurantes finos e a dar festas luxuosas. Até que chega a hora em que precisam decidir entre o amor e o dinheiro.
O que eu achei: Ok, tem bastante cena de sexo, mas não vejo isso como problema. Não gosto muito de Ashton Kutcher, mas confesso que fiquei fã dele nesse filme, parece que o personagem foi feito pra ele.A trama me fez pensar que a realidade retratada no filme está bem mais próxima de nós do que possamos suspeitar, ou você acha que todo casamento é por um belo e puro amor?! O filme nos faz refletir sobre valores, sobre a futilidade em que a massa está inserida, sobre pessoas e o que elas são capazes para ter uma vida sem tanto esforço. Mas será que essa opção pode mesmo ser adjetivada como vida fácil? Gostei bastante, não tem nada de comédia, nem tampouco de romance...pra mim pode ser classificado como drama, picante!

Cartas para Julieta
Sinopse: Sophie (Amanda Seyfried) é uma aspirante a escritora e juntamente com noivo Victor (Gael García Bernal), que sonha em ter seu próprio restaurante, viaja para a Itália. Em Verona, onde se passou a história de Romeu e Julieta, local perfeito para uma lua de mel antecipada, Sophie acaba percebendo que seu noivo está mais interessado nos fornecedores para seu restaurante do que nela. Na cidade, descobre uma antiga carta de amor e junta-se a um grupo de voluntárias que responde estas missivas amorosas. Para sua surpresa, a remetente Claire Smith (Vanessa Redgrave) ouve o conselho dado na resposta e vai procurar Lorenzo por quem se apaixonou na juventude. Mas existem muitos italianos com o mesmo nome e Sophie mostra interesse em ajudá-la na tarefa, desagradando o neto Charlie (Christopher Egan) que já tinha reprovado essa louca aventura da avó viúva.
O que eu achei: Acho que fui com muita sede ao pote. Esperava um filme belo, com paisagens bonitas, uma história de amor que seduzisse o espectador e fosse, se não real, pelo menos um tiquim possivel, mas o que vi foi um filme de sessão da tarde chato, com um casal protagonista sem química e um "traído" merecedor da condição de abandonado. Aliás, se a mensagem do filme é ir atrás do "grande amor da sua vida" porque não colocaram o personagem, que faz o papel de preterido (Vitor), como sendo um cara irresistível, charmoso, atraente, com uma personalidade apaixonante, apaixonado, bonito, alto, bem sucedido, atencioso e blá-blá-blá? Não, colocaram um cara "baixinho", com pouco charme, que não dá atenção à noiva e vive obcecado com seu novo empreendimento comercial. Assim, é fácil achar que qualquer outro cara que dê um minimo de atenção, que tome um sorvete numa tarde linda, seja, de fato, o amor da vida, aquele pelo qual vale a pena largar tudo, cruzar oceanos, fazer "loucuras", principalmente se esse cara for alto, loiro, preocupado com as questões sociais, bem sucedido (mais clichê impossível) e a mocinha apaixonada for uma mulher insegura, mal amada, numa cidade romantica ao lado do noivo que prefere um leilão de vinhos ao invés de curtir a lua-de-mel. Tião Macalé viraria o perfeito homem ideal nessas circunstancias. Se Gael García Bernal tem um minimo de charme, este ficou totalmente apagado nesse filme, o que é uma pena...pois preferia ver a personagem principal trocar um noivo dos sonhos (sarado, bom de cama, super atencioso, belo, bem sucedido, inteligente, engajado, etc.) por um cara sem charme e dinheiro algum, mas que a conquistasse pela personalidade ainda que ela estivesse bem resolvida no primeiro relacionamento. O filme me deu sono, e a não ser pelo primeiro parágrafo da carta enviada por Sophie a Claire (que ainda assim, pensando bem, não há nada de inédito), o filme não tem nada que se salve.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Em stand by


O Blogger está de complô contra mim e não estou conseguindo postar!! Fazer upload de imagem então é impossível, assim, peço desculpas pela falta de post e principalmente por esse post de hoje ser sem imagem alguma.
Alguem está com esse probleminha por ai?

Tenho um amigo querido que insiste para que eu dê uma nova chance ao amor. Árdua tarefa a dele em me convencer de que vale a pena sair da minha zona de conforto seguro para por a cara novamente a tapa. Embora eu saiba que na vida não há garantias e que a lei da transitoriedade é que rege todo o universo que nos envolve, eu prefiro me manter quieta por aqui e fugir velozmente de qualquer ameaça de aproximação a mais com o sexo oposto.

A verdade é que eu não quero mais um amor qualquer...um amor raso, egoista, pobre, unilateral. Quero alguem com quem eu possa brincar de descobrir desenho em nuvens, a quem possa contar meus pesadelos e minhas coisas fúteis, uma pessoa que eu possa arrancar a roupa, fazer o que eu quiser, perder o juízo*, ligar às 3 da manhã e ficar tranquila, tranquila. Quero um amor maior que eu. Mas não agora, não com tanta pressa, não sem que eu tenha curtido a doce liberdade da solteirice, não sem que eu tenha desfrutado da conveniencia do coração vazio. Não amor, ainda não. É preciso que eu durma o numero suficiente de noites para compensar todas as que eu passei em claro, é preciso que eu me cure da gastrite, que eu sorria mais porque fazia tempo que eu não dava tanta gargalhada, que eu dance até sentir os joelhos formigarem. Quero ainda curtir meu magnetismo pessoal, atrair olhares, dar sorrisinhos de esguelha, abraçar vários corpos sarados e desejosos, quero curtir um sábado só meu, ver todos os filmes que me der na teia, viajar e sair sem ter que falar nada pra ninguem.

Quando ele vier, o amor, que venha para compartilhar tudo o que eu conquistei nessa fase feliz do reencontro comigo mesmo, que venha para somar, que traga uma porção de sorrisos na bagagem, muito tesão no corpo, muito bate papo para tardes de sábado a toa jogados em qualquer lugar, uma boa dose de cultura, seja vazio de vicios e radicalismo, seja despido de narcisismo. Seja leve, feliz, bem resolvido.

Mas, por enquanto, deixa o amor lá, vivendo suas experiencias , seus causos, construindo sua história para me contar quando a gente finalmente se encontrar. E eu, por aqui, marcando encontro com a unica pessoa que me interessa: eu mesma.

Quanto ao meu amigo, que me olha intrigante e me sorri de esguelha, misterioso, ansioso pelo fim do meu "celibato", que compartilha comigo os mesmos gostos por esportes, filmes, livros e viagens, que repara na marquinha do biquini e perde o olhar em mim enquanto eu falo sem parar, que se irrita com charme com as bobagens que eu falo e ralha comigo, que se diverte com minhas histórias cinematográficas, que aprende e muito me ensina, quanto a essa pessoa tão especial só posso dizer que ele é a prova viva de que a vida - arte do encontro em meio a tantos desencontros - sempre tem surpresas agradáveis reservadas e que tudo se torna muito mais alegre quando se tem pessoas especiais, felizes e bem resolvidas nos acompanhando nessa grande jornada.

*os mais atentos devem ter notado a adaptação da música do JQuest no iniciozinho do 2o parágrafo. Fica aqui registrado os créditos :-)