Eu não quero te ver
Nem quero acreditar
Que vai ser diferente
Que tudo mudou...
Hoje, nos altos dos meus 30 e pouquinhos anos, acho que a melhor forma de dar uma notícia, principalmente as ruins, é falar de uma vez. É como puxar o esparadrapo da boca, no inicio arde um pouco, depois vai aliviando.
Então, é dessa forma que eu decidi compartilhar com minhas amigas daqui do blog um acontecimento bem lamentável da minha vida pessoal: meu namoro de 4 anos acabou. morreu. foi pro saco. fim.
Se tá doendo?
Tá sim.
Mas não tanto quanto eu imaginava que fosse doer.
A dor é mais uma lamentação do que uma dor propriamente dita. É apenas uma tristeza por ver algo se acabar, é de repente ver que toda a parte negativa da coisa superou os momentos bons.
Foi uma morte lenta e dolorida.
E apesar de não ter desejado que as coisas terminassem assim, terminou e eu estou bem, achando que foi a melhor coisa que eu podia ter feito, que foi a decisão acertada, num momento perfeito, como se tudo tivesse conspirado para isso.
O mundo conspira a meu (a seu, a nosso) favor.
Cheguei num momento em que eu me olhava no espelho do banheiro e pensava: eu não mereço isso, minha mãe não me criou pra isso, e eu não estou feliz.
Terminar um relacionamento é algo difícil, ainda mais um relacionamento longo. A tendência é a gente se acomodar, se agarrar em falsas esperanças, acreditar que coisas podem mudar pra melhor, mas não mudam.
O amor são mais que palavras. E palavras, não bastam.
Agora, que meu ciclo fechou, começa uma nova época. E eu vou ser feliz.
Aceito que não deu certo, me despeço das lembranças, não guardo mágoas...mas tem uma unica pessoa nesse mundo que eu preciso amar mais que tudo, incondicionalmente, que eu preciso cuidar e que eu tenho a obrigação de garantir a felicidade, e essa pessoa sou eu mesma.
A música que mais traduz tudo o que aconteceu é Meu Erro, do Paralamas...e quando eu escuto, eu sorrio sim, porque apesar de doer essa dor vira poesia que traduz com perfeição tudo o que eu vivi.